A Petrobras registrou a incrível cifre de 16,5 bilhões de reais de prejuízo líquido no último trimestre.
O prejuízo da Petrobrás é o terceiro maior de sua história em um período trimestral.
Prejuízo recorde e o que vem por aí na Petrobras
Após registrar um prejuízo de R$36,9 bilhões no quarto trimestre de 2015, e de R$26 bilhões no terceiro trimestre de 2014, a Petrobrás segue impressionando pelos números negativos.
O prejuízo é composto principalmente de baixa contábil de ativos e investimentos, os quais somaram R$ 15,7 bilhões no período analisado.
A notícia boa ficou por conta do comunicado da empresa, afirmando que não deverá ter novos impactos tão relevantes nos próximos trimestres.
Números ruins em um dia terrível para a bolsa brasileira
Além de preocupar os investidores apresentando um prejuízo quatro vezes superior à perda de R$ 3,8 bilhões apresentado no mesmo período do ano passado, a Petrobras viu suas ações caírem cerca de 5% no dia de hoje, combinado com a repercussão da eleição de Trump nos EUA.
O faturamento da Petrobras foi de R$ 70,4 bilhões no trimestre, um queda de aproximadamente 14%, em relação ao mesmo período passado.
O EBITDA da Petrobras apresentou aumento de 39,4% no trimestre, equivalente a R$ 21,6 bilhões, ante os R$ 15,5 bilhões do mesmo intervalo de 2015.
A companhia acumula um prejuízo de R$ 17,3 bilhões em 2016, contra os R$ 2,102 bilhões apurados entre janeiro e setembro do ano passado.
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Frustração nas expectativas do mercado
É importante lembrar que a estatal havia registrado um lucro de R$ 370 milhões no segundo trimestre de 2016, quebrando a triste sequência de prejuízo recorde.
Para piorar a situação, o prejuízo anunciado contrariou a maior parte dos analistas de mercado, que previam lucros entre R$ 1,517 bilhão (Reuters) e R$ 4,65 bilhões (BTG Pactual).
Endividamento da Petro
O endividamento líquido atingiu R$ 325,6 bilhões, uma queda de 2% ante o endividamento ao final de junho. Em dezembro de 2015 as dívidas eram de R$ 392,2 milhões.
Graças a redução do endividamento, a relação entre dívida líquida e resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) chegou a 4,07 vezes, ante 5,31 vezes no fim de dezembro. A redução na alavancagem foi beneficiada pela valorização do real ante o dólar em 2016.
Redução de 10% dos funcionários da Petrobras
Segundo apontado pelo gerente de desempenho empresarial da Petrobras, Mario Jorge Silva, uma redução de 10% do quadro total de funcionários deverá ocorrer até setembro de 2017.
Como os funcionários da empresa são concursados, a empresa não realiza demissões sem justa causa. A ferramenta utilizada para diminuir o quadro é o tradicional Programa de Demissão Voluntária (PDV).
Atualmente a Petrobras soma 71.152 funcionários. Além das demissões realizadas nos últimos meses a Petrobras já conseguiu reduzir as despesas com vendas, gerais e administrativas e gastos operacionais gerenciáveis.
