As fintechs hoje são consideradas as maiores “ameaças” aos sistemas financeiros que chamamos de bancos, corretoras e empresas semelhantes. Dada a avalanche de startups que surgiram pelo mundo nos últimos anos, não demoraria muito para que algumas dentre elas mirassem também o mercado que hoje é monopolizado pelas instituições financeiras “clássicas”.
O nome fintech é um misto entre finanças e tecnologia. Atualmente, são consideradas fintechs as empresas que utilizam inovações tecnológicas voltadas ao ramo de finanças, lançando espécies de bancos ou soluções para pagamentos 100% digitais.
Se o Uber está mudando o mercado de transportes de pessoas também com suas polêmicas e crescimento absoluto, e a Xiaomi está alterando paradigmas com eletrônicos de grande capacidade e baixo custo, em pouco tempo algumas startups poderão extinguir de vez as filas dos bancos – inclusive para abertura de contas e contratação de empréstimos e financiamentos.
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As fintechs são novas?
Muitos consideram alguns serviços já antigos como o Paypal, Neteller e afins, como fintechs. Se você concordar com tal posicionamento, podemos dizer que elas nasceram na década de noventa e que foram ganhando formas mais ambiciosas a partir de 2008.
Portanto, as fintechs já não são simples embriões, visto que já existem mais de 1500 fintechs espalhadas pelo mundo, mais de 100 delas no Brasil.
Logo após a grande crise de 2008, o foco desses novos bancos voltou-se a utilizar a internet para reduzir custos com estrutura física – não existem agências ou pontos de investimento; redução de custos com pessoal: seus sistemas de altíssima eficiência reduzem a necessidade de pessoas para corrigir falhas e atender consumidores insatisfeitos. Em geral compartilham de um tema parecido com o da Nubank no Brasil:
“Burocracia custa dinheiro, então somos eficientes para você não ter que pagar tarifas”.
Os Millennials: foco das fintechs e da maioria das startups
Se há algo que atrapalhou a expansão dos bancos tradicionais em direção ao atendimento totalmente virtual foi o perfil da maioria dos seus clientes, principalmente os mais endinheirados.
Esse perfil de clientes mais conservadores e aversos à mudanças drásticas é comum em pessoas com mais de 30 anos. Muitos desses clientes ainda relutam em utilizar canais alternativos de atendimento como o internet banking ou mesmo os caixas eletrônicos.
Eis então que a nova geração – chamada de Millennials- está chegando à idade adulta, já totalmente preparada para utilização das tecnologias mais avançadas. Para essa geração, é a burocracia sem objetivos e as filas que não fazem o menor sentido.
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Como as startups se destacam por aproveitar oportunidades que muitas vezes passam batido diante de segmentos conservadores da economia, criou-se então um cenário extremamente favorável para o nascimento e crescimento das fintechs.
O que os Millennials esperam hoje é poder resolver a maior parte de seus problemas – ou quem sabe todos eles – diretamente na tela do celular, e as startups estão fazendo tudo para provar que isso é possível, rápido, seguro e muito mais barato.