O termo startup está cada vez mais na boca do povo. O brasileiro que está acostumado a ouvir o termo Pequena Empresa se maravilha ao ver na mídia reportagens sobre startups que estão abalando o mercado. Mas afinal, o que é startup? Não é o mesmo que uma Pequena Empresa?
As diferenças entre uma startup e uma empresa tradicional são tanto conceituais quanto estratégicas. Vamos conferir as diferenças e identificar qual o formato ideal para cada caso.
Busca pelo modelo de negócios
Em geral, startups são organizações que buscam solucionar algum problema ainda não atendido ou solucionar de forma diferente. Ou seja, tentam tapar algum buraco e ganhar dinheiro com isso.
Dessa forma, é difícil prever qualquer coisa sobre o futuro de uma startup em seu início. Como estimar sua rentabilidade quando não temos referenciais no mercado?
Ou seja, startups estão em condições muito maiores de incerteza do que empresas tradicionais. No caso de uma padaria, já sabemos que a busca pelos produtos vendidos nela é de x e que podemos esperar o movimento y no estabelecimento de acordo com a sua localização.
Startups não possuem esse privilégio. Talvez o problema que ela esteja resolvendo simplesmente não seja um problema real, ou que até seja mas que as pessoas não estejam dispostas a gastar dinheiro para resolver. Alias, essa é a maior razão para o fechamento de startups.
Para contornar isso, startups utilizam técnicas para validar sua proposta. Em outras palavras, para saberem se suas ideias valem a pena.
Escalabilidade
Outra característica marcante das startups é que o modelo de negócios deve incorporar uma solução escalável. Isso é, conseguir elevar os lucros sem os gastos acompanharem.
Você pode até achar que esse também é o objetivo de pequenas empresas, e pode até ser, mas não é uma regra. O crescimento de uma organização requer muito esforço, dor de cabeça e planejamento. Alguns empreendedores querem simplesmente ter um negócio pequeno, estático, para levar sua vida tranquilamente. E não há nada de errado nisso! Mas é o conceito oposto às startups.
O problema identificado pelo empreendedor de startup, dessa forma, não pode ser muito limitado. Se apenas uma pequena porção de pessoa ou organizações no mundo precisa de tal solução, o modelo de negócios não é viável. Alias, startups como via de regra buscam o crescimento exponencial.
Diferenças organizacionais
Startups não precisam necessariamente serem geridas, ou funcionarem internamente, de forma diferente ao que temos em PMEs. Porém, este frequentemente é o caso.
Por não existirem referenciais, ou pelo menos não muitos, não há como saber ao certo qual demanda cada departamento de uma startup terá. Também é possível que o que parecia ser verdade no início, se prove o contrário durante a execução de uma ideia. Por isso, não é nada raro que a visão do empreendedor tenha que mudar drasticamente após o lançamento, de acordo com a resposta do mercado. Por outro lado, uma padaria dificilmente se tornará uma papelaria.
Isso não é dizer que elementos de startups não possam ser implementados em empresas. Alias, essa é uma tendência cada vez mais forte, visto que a organização de startups valoriza ideias inovadoras. Dentro de grandes empresas como a Apple ou Google, o funcionamento de diversos departamentos é muito similar ao que vemos em startups.
Startups são temporárias
O que é startup sem o objetivo de se tornar uma grande empresa? Apenas um hobby. Usando novamente o exemplo anterior, podemos encontrar traços de uma startup no Google, mas ela não é uma startup, e sim uma empresa. Contudo, nasceu como startup e conseguiu atingir seu objetivo.
Startups são as organizações mais envoltas de riscos que há. Isso, na realidade, é um dos grandes charmes para muitas pessoas. Mas este certamente não é o perfil majoritário. Lembre-se que a forma de ser das startups é apenas uma das diversas que podemos encontrar nas teorias de negócios.
