Conforme previsto pelo mercado e comentado por nós aqui no Em Alta, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa de juros Selic em 14,25% a.a., sem apontar um viés de alta ou baixa para as próximas semanas.
O relatório que embasou a decisão do Comitê foi pautado especialmente nas perspectivas de estabilização da atividade econômica no curto prazo – tendência essa identificada também pelas instituições financeiras do país. Sobre tal apontamento, houve ressalva sobre a economia seguir operando com alto nível de ociosidade e a dificuldade na aprovação de mudanças que fomentem a atividade econômica do país.
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A inflação nos próximos meses
Foi destacada ainda a evolução nas expectativas do mercado em relação a inflação para 2017, que recuaram em relação às projeções divulgadas no último Relatório do Bacen.
Do ponto de vista dois riscos apontados pelo comitê, destacamos:
- Inflação acima do esperado no curto prazo, devido ao aumento de preços de alimentos, que continuar sendo a tendência no curto prazo;
- Incertezas sobre à aprovação e implementação de ajustes necessários na economia
- Período já prolongado de inflação alta que traz expectativas que podem reforçar mecanismos inerciais e retardar o processo de desinflação;
Os pontos positivos apontados para os próximos meses foram:
- Expectativa de maior celeridade na implantação de ajustes na economia brasileira;
- A ociosidade na economia pode produzir desinflação mais rápida do que a refletida nas projeções do Copom.
A decisão de não apontar um viés de alta ou baixa na taxa básica de juros SELIC é devida justamente ao equilíbrio nas expectativas positivas e negativas que o país terá que enfrentar nos próximos meses.
Conforme divulgado no último boletim FOCUS do Banco Central, os profissionais do mercado financeiro apostam em uma redução da SELIC até o fim de 2016, acreditando que a desinflação irá ocorrer e a economia voltará a girar após a implementação de novas Leis e ações do Governo Federal incentivando a produção econômica do país.
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