Elon Musk frequentemente é chamado de Tony Stark da vida real. A analogia com o Homem de Ferro não é à toa. Com uma fortuna estimada em US$ 13,5 bilhões, foi co-fundador de empresas como PayPal e Tesla Motors e quer acelerar a migração interplanetária.
Então quem melhor que ele próprio sua primeira esposa para falar sobre o que é necessário para ser tornar um bilionário? Justine Musk foi direto ao ponto ao responder “não” para a seguinte pergunta:
“Me tornarei um bilionário se eu for determinado para ser um e trabalhar duro o suficiente?”
Mas ela explica que na verdade, é a pergunta que está errada. Confira abaixo a o que Justine Musk disse na integra.
Justine Musk sobre se tornar um bilionário
“Não. Uma das muitas qualidade que separa os bilionários que chegaram lá por conta própria do resto de nós é a habilidade de fazer as perguntas certas.
Essa não é a pergunta certa.
Você é determinado. E dai? Você ainda não mergulhou pelado em águas infestadas por tubarões. Você continuará tão determinado quando parar em uma ilha deserta, desorientado, ensanguentado, todo acabado e espancado e olhando ao horizonte sem sinal de resgate?
Vivemos uma cultura que celebra determinação e trabalho duro, mas entenda: essas são as qualidades que mantem você no jogo depois que a maioria desistiu, ou até que alguém maior e mais forte o jogue de volta para a água. Determinação e trabalho duro são necessários, sim, mas são apenas o requerimento mínimo. Ou melhor, o mínimo do mínimo.
Muitas pessoas trabalham extremamente duro e não por culpa delas mesmas — azar, lugar errado, circunstâncias infelizes — batalham para sobrevier.
Como você pode usar seu tempo e trabalho?
Mude seu foco do que você quer (um bilhão de dólares) e se torne profundamente, intensamente curioso sobre o que o mundo quer e precisa. Pergunte a si mesmo o que você tem o potencial de oferecer que é tão único e atrativo que nenhum computador possa lhe substituir, que ninguém possa lhe terceirizar, que ninguém possa roubar seu produto e fazê-lo melhor e tornar você irrelevante. E então desenvolva esse potencial.
Escolha uma coisa e se torne um mestre nela. Escolha uma segunda coisa e se torne um mestre dela também. Quando você se torna um mestre de dois mundos (por exemplo, engenharia e negócios), você pode as unir de uma maneira que: a) elas apresentam ideias novas uma a outra, para então poderem fazer sexo de ideias e terem ideias bebês que são completamente novas. b) criam uma vantagem competitiva porque você pode mover entre mundos, falar dois idiomas, conectar as tribos, misturar os elementos que geram novos pensamentos até o dia que você acorda com a epifania que muda sua vida.
O mundo não dá um bilhão de dólares para alguém porque ela quer ou trabalha tão duro até achar que merece. (O mundo não se importa com o que você quer ou merece). O mundo lhe dá dinheiro em troca de algo que entende ser do mesmo ou de maior valor: algo que transforma um aspecto da cultura, modifica uma narrativa familiar ou introduz uma nova, altera o modo em que as pessoas pensam sobre a categoria e faz uso disso no dia a dia.
Não existe um mapa, um manual para isso; muitas pessoas lhe darão vários conselhos, a maioria deles serão ruins, e mesmo com os bons e que fazem sentindo, terá que entender por que eles não se aplicam ao seu caso já que você está partindo de um ângulo inesperado. E você estará fazendo isso sozinho, até que você desenvolva o carisma e credibilidade necessário para atrair o talento que você precisa que o acompanhe.
Tenha coragem. (Você vai precisar disso)
E boa sorte. (Você vai precisar disso também).”
Justine falou o que muitos não tem coragem: você vai precisar de muito mais que determinação e trabalho duro para atingir níveis tão altos. O trecho sobre o que o mundo valoriza é especialmente interessante.
Essencialmente, Justine está falando sobre um conceito muito básico: uma pessoa só se torna bilionária se o que ela está fazendo vale bilhões. Simples, mas extremamente difícil.