Todos deveriam se preocupar em economizar dinheiro pensando em despesas repentinas – por exemplo, uma máquina de lavar, fogão ou uma geladeira quebrada – mas sabemos que não faz parte da nossa cultura se preocupar com coisas negativas quem podem ocorrer, não é?
Mas se você está interessado no assunto, com certeza quer fazer diferente da maioria e não ser surpreendido por imprevistos.
Pensando nisso, traremos hoje ideias do que pode ocorrer em situações cotidianas e quanto deveríamos poupar para fugir de prejuízos e situações negativas que todos estamos sujeitos.
Como criar um fundo de emergência
Já aqui no Em Alta sobre a definição de uma meta de poupança, voltada para aquisição de bens específicos ou então para garantir uma renda extra no futuro.
Pensando em emergências, o ideal é criar uma poupança em separado, evitando frustrar ou adiar aquele sonho da aquisição de um imóvel ou carro novo, o que iria desmotivá-lo naquele objetivo.
Se você já definiu sua primeira meta e vem guardando dinheiro regularmente todos os meses, estude quanto além daquela economia você poderá destinar mensalmente para as emergências.
Aqui você tem mais uma oportunidade de reanalisar os seus gastos mensais e descobrir se pode diminuir mais alguma despesa desnecessária.
Quanto devo guardar para emergências rotineiras?
A pergunta sobre a quantia que deverá guardar é a mais subjetiva, pois irá depender da sua renda e do seu perfil de vida.
Se você é casado(a), possui filhos e toda a renda familiar está sob sua responsabilidade, já sabe que a poupança para emergências terá que ser muito maior.
Caso haja mais uma fonte de renda, a conversa sobre o assunto terá que ser em conjunto com oportunidade de ambos contribuírem para uma boa economia emergencial.
Se você e seus familiares já possuem planos de saúde com as principais coberturas possíveis, você terá uma segurança maior e não precisará poupar grandes quantidades pensando em eventuais cirurgias, por exemplo.
Se não possui um plano de saúde, pense seriamente em fazê-lo: os gastos com emergências em hospitais no Brasil são altíssimos. Dificilmente compensaria guardar dinheiro pensando nisso, sendo os planos de saúde seu maior aliado.
Caso tenha um automóvel (mesmo que segurado), terá que guardar dinheiro para suas revisões semestrais ou anuais, pagamento de seguro anual e eventuais manutenções não programadas.
Saiba que um mero pneu de boa qualidade não custa menos do que R$200,00. Por mais que tudo isso possa ser parcelado, guardar dinheiro para poder pagar à vista fará muita diferença no custo final e na sua qualidade de vida no futuro. Acredite.
Os demais gastos possíveis tendem a ser menores, como a manutenção de eletrodomésticos em casa ou a compra de medicamentos (mas alguns podem ser bem caros).
Os exemplos são infinitos e como dissemos, dependem do seu perfil de vida. O ideal é parar e olhar ao seu redor, refletindo em tudo aquilo que está fora da garantia e pode a qualquer momento estragar e causar um gasto extra.
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Economizar dinheiro pensando em uma situação de desemprego
Outro tipo de emergência que necessitará de uma economia prévia é uma eventual situação de desemprego. Se você é empresário, considere a situação em que sua empresa infelizmente venha a fechar as portas.
No primeiro cenário, você poderá ter direito ao seguro desemprego e se caso foi demitido sem justa causa, à multa do FGTS e demais verbas rescisórias. Portanto, tais direitos devem ser considerados como um alivio para as suas primeiras despesas pós demissão.
No segundo caso, tudo dependerá de como sua empresa fechou e se restaram dívidas. Muitas vezes ainda é possível conseguir algum dinheiro vendendo o “ponto” comercial, ou alguns bens restantes da sua empresa.
Após as contas iniciais, você terá que ter na ponta do lápis uma relação completa com todas as suas despesas mensais. Aqui é a oportunidade de definir também tudo o que pode ser cortado.
É importante ter a seriedade de se desfazer de tudo aquilo que você adquiriu apenas por ter a segurança do emprego ou da boa fase de sua empresa.
Ou seja, TV a cabo, assinaturas de jornais e revistas, internet de altíssima velocidade, tudo o que puder ser cortado ou diminuído deverá ser feito – é claro, atendendo a possíveis contratos de fidelidade e multas contratuais.
Outras despesas maiores deverão ser analisadas e cortadas caso você não tenha perspectivas de encontrar outro trabalho logo. As mais traumáticas são a mudança para uma casa com aluguel menor e até a troca da escola dos filhos por outra mais barata ou pública.
Acredite: é muito melhor sofrer de imediato para adequar as contas do que contrair dívidas que correrão o risco de não ser pagas no futuro.
Fechadas as contas totais de despesas e as reduções possíveis, você saberá qual o valor mensal necessário para que você sobreviva com dignidade caso o pior aconteça no futuro.
É com base nesse valor que você deverá começar imediatamente a guardar uma parcela da sua renda.
Decidiu começar a guardar dinheiro mas tem medo de escolher o investimento errado? Ainda é preciso cuidado, fuja dos principais erros ao investir.
Um exemplo de cálculo à ser realizado
Se o valor mínimo necessário que você encontrou foram 2,5 mil reais mensais, sendo que você é empregado e faz jus ao recebimento de seguro desemprego, poderá usar esta calculadora para descobrir qual o valor do seu benefício.
Considerando que seu beneficio seja de R$ 1.385,90 (maior valor pago hoje), por 5 meses você terá um pouco mais do que metade do necessário para se manter enquanto procura um novo emprego.
A poupança que deverá ser planejada hoje terá que ser capaz de suprir a parte faltante, por pelo menos 5 meses ou mais. Nunca deixe de considerar que durante uma crise econômica, o risco de ficar mais tempo desempregado do que 5 meses é grande.
Portanto, se você economizar R$ 250,00 mensais para este fim, a cada ano terá guardado o suficiente para completar sua renda por aproximadamente 3 meses no caso descrito. Ou seja, trabalhando 24 meses seguidos você já teria uma segurança proporcionada pela soma do seu seguro desemprego com seu esforço em economizar parte da renda.