Conselhos

6 dicas para diminuir os gastos no cartão de crédito

como-economizar-cartao-de-credito

Dizem por aí que se conselho fosse bom ninguém oferecia de graça, não é mesmo? Mas saiba que se alguém aparecer dizendo que você nunca deve pagar menos que o valor integral de sua fatura do cartão de crédito, acredite, este será um ótimo conselho.

Por mais que possa ser considerado algo óbvio, muitas pessoas ainda não perceberam o problema que os juros do cartão de crédito podem criar caso o cliente deixe de pagar a fatura integralmente.

Muitos fogem do limite do cheque especial que possuem no banco, mas poucos sabem que na maioria dos casos os juros do cartão (que ainda contam com multas e mora) são ainda mais salgados.

Considerando que estamos falando dos dois tipos de crédito mais caros do Brasil, o limite do cheque especial e o rotativo do cartão de crédito, e que a segunda opção é ainda mais cara, apenas no resta garantir que não iremos gastar mais do que poderemos pagar na data do vencimento da fatura.

Os brasileiros e as faturas do cartão de crédito

Atualmente menos da metade dos brasileiros que usam cartões de crédito como a principal forma de pagamento, pagam a fatura de forma integral, antes da data de vencimento.

A outra metade acaba realizando o pagamento parcial (até o mesmo o mínimo), pagando eventualmente o saldo devedor do cartão com multa e juros, assim que valores excepcionais são recebidos (como 13º salário e férias).

Temos ainda que uma parte dentre os clientes que não conseguem pagar a fatura total, optam em renegociar ou parcelar suas faturas ou futuras compras. Alguns bancos no Brasil já realizam parcelamentos em até 48x no cartão de crédito, desde que o cliente opte no momento da compra. Nesse segundo caso os juros costumam ser bem mais amigáveis do que os do rotativo do cartão.

nao-pagar-fatura-cartao-vencimento

Mas por que os juros do cartão são tão caros?

Os cartões de crédito são um dos tipos de empréstimo que não possuem garantias. Os limites concedidos são baseados exclusivamente no histórico de crédito do cliente, inexistência de dívidas em aberto no mercado, idade, renda e comportamento da conta corrente, caso o cartão seja solicitado no banco em que já possui conta e movimentação financeira.

Como qualquer empréstimo sem garantia, o risco que o banco possui de não conseguir receber o valor “emprestado” é muito maior do que em um financiamento de veículos ou de imóveis, onde os próprios bens serão tomados em caso de não pagamento da dívida.

Quanto maior o risco, mais caro será o dinheiro para o banco emprestar ao cliente, custo este que é repassado ao consumidor.

Além dos juros muito altos, que são obviamente cobrados na modalidade composta (juros sobre juros), existe a cobrança de multa sempre que o cliente não consegue pagar ao menos o valor mínimo indicado na fatura. Sobre o valor da multa incide também os juros do rotativo, aumentando a dívida a cada dia.

Quando o não pagamento integral da fatura se torna rotina, o rating de risco do portador do cartão vai piorando, fazendo com que a taxa de juros cobrada seja ainda maior nos meses seguintes e pior, caso o banco resolva renegociar sua dívida total do cartão, a taxa também será maior do que um cliente “comum”.

cortar-gastos-no-cartão

6 dicas de como gastar menos no cartão de Crédito e diminuir sua fatura

Caso você se enquadre na parte da população que não consegue pagar a fatura do cartão integralmente, considere as 6 dicas abaixo para retomar o controle de usa vida financeira:

  1. Faça uma dieta

    O brasileiro em geral possui em sua cultura uma ideia de que pode faltar tudo na vida, menos comida. O problema é que existe uma diferença grande entre passar fome e gastar muito com alimentação. Comer fora e em restaurantes mais sofisticados consome uma enorme parcela da renda mensal, principalmente quando falamos de uma família inteira indo ao restaurante. Prefira cozinhar em casa, na maioria dos casos preparar a comida com os itens adquiridos em grandes mercados será muito mais barato que comer fora. Não possui tempo para cozinhar? Reveja os lugares que costuma sair para jantar e sua frequência – você poderá economizar centenas de reais em um ano e ainda melhorar sua qualidade de vida.

  2.  Pague a fatura antes do vencimento

    Caso sua fatura do cartão ainda esteja sobre controle, realize o pagamento de ao menos parte do valor dela o quanto antes puder. A prática fará com que você não conte com o dinheiro que possui na conta corrente, o comprometendo com outra coisa antes do pagamento da fatura. Outro fator positivo ao fazer isso, é que caso você não consiga pagar a fatura integralmente no dia do vencimento, terá juros calculados apenas sobre os gastos mais recentes – uma vez que os do início do mês já foram quitados.

  3.  Faça mais do que um pagamento por mês

    A mesma dica acima vale aqui. Além de antecipar o pagamento de parte de sua fatura, você poderá ir pagando sempre que receber um valor extra durante o mês. Além de evitar desperdícios e gastos extraordinários, você reduzirá o saldo médio de seu cartão naquele mês, o que reduzirá a cobrança de juros caso não pague em dia.

  4. Use um método diferente de Pagamento

    Essa dica parece a mais óbvia de todas, mas é importante que ela diz respeito muito mais a psicologia do que a matemática: os cartões de crédito são talvez a maior forma de fazer alguém que não possui dinheiro comprar algo. Os cartões são na verdade a versão moderna das vendas “no caderno” que eram comuns antigamente. Se você foi pego por esse sentimento transmitido pelo poder do limite do cartão de crédito, está é a hora de guardá-los em um lugar seguro e se limitar ao dinheiro ou cartões de débito.

    Caso você ainda não tenha conta corrente e um cartão de débito, uma opção poderá ser um cartão de crédito como o DIGIO, que não oferece limite rotativo e caso você não consiga pagar a fatura, oferece diretamente a opção de parcelamento fixo. Clique aqui e sabia mais sobre o cartão Digio. 

  5. Considere trocar sua dívida

    Conforme falamos rapidamente acima, poucas formas de se endividar serão tão caras quanto o cartão de crédito. Quando você perceber que irá levar meses para sair do vermelho em seu crédito rotativo do cartão, procure seu gerente (ou até mesmo outro banco ou financeira), buscando um empréstimos com parcelas e juros fixos. É muito importante você fazer isso enquanto é tempo, pois caso você não consiga nem mesmo pagar o mínimo de sua fatura, terá as portas do crédito fechadas, restando apenas a renegociação de sua dívida. A melhor opção sempre será o crédito consignado, caso você seja funcionário público ou empregado de uma empresa que possua convênio com algum banco. Se essa não é sua realidade, um empréstimo comum poderá ser solicitado, como os populares CDC. Os juros não são muito baratos, mas nem se comparam com as taxas do cartão de crédito.

  6. Não consegue pagar a fatura inteira? Ao menos aumente seus pagamentos

    Conforme já mostramos, um dos piores erros que você pode cometer é pagar apenas o valor mínimo da fatura. Mesmo que você reduza e muito seus gastos nos próximos meses com as dicas acima, você deverá pagar o quanto for possível de sua dívida atual, reduzindo os efeitos causados pelos juros compostos em sua fatura. E como fazer isso? Aproveite enquanto possui seu nome limpo para tomar um empréstimo com juros fixos e aceitáveis, ao menos você quitará a dívida que não para de crescer e terá parcelas fixas todos os meses.

como-economizar-cartao-de-credito

Se você já passou por uma situação difícil com seu cartão de crédito mas conseguiu (ou está conseguindo) dar a volta por cima, não deixe de comentar com dicas para quem também está com o mesmo problema.

Sabemos o quanto é difícil equilibrar as receitas e despesas em tempos de crise, mas com bastante pesquisa, leitura e mudanças no hábitos,  muitas pessoas estão conseguindo economizar dinheiro e melhorar sua situação financeira.