Investimentos

5 erros que causarão dores de cabeça ao investidor iniciante

Investimentos perigosos

Ao falarmos sobre investimentos, temos que considerar os principais riscos envolvidos e a consequências dos erros: os prejuízos. Portanto, nada melhor do que aprender com os erros dos outros para não repeti-los nós mesmos.

Para você começar com o pé direito, separamos aqueles que consideramos os 10 maiores erros que um investidor pode cometer.

1 – Não ter planejamento claro

Uma ótima música dizia que se você não sabe para onde está indo, qualquer estrada irá levá-lo até lá.

O problema é exatamente este, a estrada poderá ser mais longa do que o necessário, cheia de obstáculos e poderá trazer prejuízos financeiros ao investidor.

Como não cometer esse erro:
  • Tenha claro em sua mente o objetivo principal: quero apenas proteger meu dinheiro da inflação; quero obter ganhos pequenos mas sem riscos; quero correr riscos mas multiplicar meu dinheiro, etc.
  • Referências adequadas: se gostar do assunto, compre um bom livro de finanças pessoais. Tome muito cuidado com aqueles conhecidos que contam para todos como se deram bem em determinado ramo ou investimento – quem está ganhando muito dinheiro geralmente não mostra o caminho correto para ninguém.
  • Diversificação: dependendo da quantia que você possui disponível para o investimento, o ideal é optar por diferentes produtos. A prática traz mais segurança, minimiza o perigo por um planejamento ruim e permite que você conheça outros investimentos de maior risco (e maiores retornos) com baixa exposição.

 

2 – Investir no longo prazo sem paciência e preparo

Cofrinho quebrado

Especialmente para quem está pensando na aposentadoria, visando resgatar os valores em 20, 30 ou até 40 anos, os investimentos adequados são os de longo prazo.

Porém, muitos optam por adquirir ativos como as ações de grandes empresas, buscando além do aumento do valor da empresa no futuro, os dividendos que ela distribui de tempos em tempos (sempre que há lucro e os demais acionistas aprovam a distribuição).

Mas como sabemos, as maiores empresas do mundo passam por diversos ciclos positivos e negativos, sendo que se o investimento é de longo prazo, essas variações não devem ser levadas em conta ao menor sinal de baixa em seu valor de revenda.

Assim, o investidor com esse objetivo deve investir em ações pensando na solidez da empresa e de sua marca, e não apenas no que ela viverá no próximo ano. O mesmo vale para qualquer tipo de investimento de longo prazo que apresente variações positivas ou negativas, em especial os títulos do tesouro nacional, cujo valor varia de acordo com o cenário político e econômico do país.

Como não cometer esse erro:
  • Ao escolher empresas para adquirir ações, considerar apenas as maiores, mais tradicionais, de setores sólidos e histórico positivo no mercado. Elas saberão como vencer as principais crises.
  • Nunca se apegar de forma emocional às suas ações. Se você tem planos de longo prazo mas não perde o costume de conferir suas cotações diariamente, algo está errado e será melhor repensar se esse é o investimento adequado para seu perfil.

3 – Acreditar que sua casa própria é um investimento

Sonho da casa própria

Especialmente no Brasil onde o sonho da casa própria é muito presente, muitos costumam acreditar que realizaram o melhor investimento de suas vidas ao comprar um imóvel financiado com juros baixos.

Acreditam ainda que qualquer reforma ou benfeitoria realizada no imóvel também será um investimento que com certeza trará retornos numa eventual venda.

A menos que você chame de investimento aquilo que aumentará seu conforto, muitas vezes o que estará fazendo é apenas mais um gasto de dinheiro sem retorno.

Exemplo: Se você comprou sua casa/apartamento por R$200.000,00 em 2011 e hoje o valor estimado para venda seja de R$250.000,00, em tese você “lucrou” R$ 50.000,00, certo?

Errado. Se você é como os 90% no país que financiam a casa própria em prazos de 30 ou até 40 anos, saiba que nos últimos 5 anos o que você pagou mensalmente foram os juros do seu financiamento.

Se a parcela é de aproximadamente R$ 1.500,00 mensais, praticamente R$ 1.100,00 são juros cobrados pelo financiador, ou seja, nos 5 primeiros anos você já pagou mais de R$ 60.000,00 apenas em juros do seu financiamento!

Note que não contabilizamos aqui os custos com o processo de financiamento, corretor, imobiliária, análise de crédito, condomínio, IPTU, ITBI, juros em casos de atraso no pagamento, etc.

Como você pode concluir, em poucos cenários a venda do imóvel financiado será favorável a ponto de igualar ou superar as despesas e juros do financiamento como um todo.

Como não cometer esse erro:
  • Tendo consciência de quanto seu imóvel vale, seus custos de financiamento e despesas com a hipoteca, fica mais fácil de ter uma visão sóbria do que é um investimento de fato.
  • Entender que a segurança trazida por um ou mais imóveis é relativa e pode ser prejudicada pelo cenário econômico que vive um país, prejudicando a valorização dos imóveis e sua liquidez (dificuldade na revenda).
  • Compreendendo que os imóveis podem sim ser um mau negócio, especialmente para quem adquiriu durante o “boom” imobiliário brasileiro entre os anos de 2010 e 2013. Se o comprador precisar se desfazer deles hoje, muitas vezes terá que amargar com a desvalorização perante a inflação, ou até mesmo não encontrando compradores.

4 – Seguir o sucesso da manada (e os erros por ela cometidos)

A analogia que os especialistas fazem com o gado é muito interessante para ilustrar um dos erros mais clássicos do mundo dos investimentos

Muitas pessoas costumam observar o sucesso dos outros e esperar tempo demais até ter certeza para realizar determinado investimento.

O resultado disso é justamente o oposto da segurança que ele parece trazer: perderão o melhor momento que aquela oportunidade trouxe, enfrentarão diversos concorrentes com mais experiência ou chegarão em um momento em que os lucros já foram divididos entre os primeiros oportunistas.

Como não cometer esse erro:
  • Observar as novas tendências e seguir aqueles profissionais que costumam tomar decisões corretas, realizando sim uma aposta, ao invés de acompanhar uma maioria que apenas vai no embalo atrasado do que já foi bom há meses atrás.
  • Apenas em raríssimos casos comprar ações após elas terem tido diversas altas será um bom negócio. Assim que a “manada” que teve lucros começar a vender seus ativos, o valor irá despencar e você apenas perderá dinheiro. Aqui seria o momento ideal de agir contra a manada. Ou seja, comprar na baixa, vender na alta!

5 –  Não saber qual seu perfil de investidor

Perfil do investidor

Conhecer seus objetivos de vida, suas necessidades e principalmente a forma como você lida com eventuais perdas financeiras, é conhecer seu perfil de investidor.

Os bancos são obrigados a tentar identificar este perfil naqueles clientes que buscam aplicar seu dinheiro em fundos de investimento, por exemplo.

A prática é obrigatória no país devido a volatilidade de alguns tipos de investimentos, os quais no curto prazo podem trazer prejuízos consideráveis – ou lucros extraordinários.

Apenas conhecendo o próprio perfil é que um investidor diminuirá a chance de cometer erros básicos, optando por um produto que oferece exatamente aquilo que ele espera, sem surpresas indesejáveis.

Como não cometer esse erro:
  • Estudando sobre investimentos e aprendendo que a máxima “quanto maior o risco maior o retorno esperado”.
  • Realizando testes online que identificam através de perguntas básicas qual o perfil do investidor e os produtos adequados para ele.