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Mercado espera manutenção da SELIC em julho mas queda em 2016

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Com base em pesquisa realizada pelo Banco Central e divulgado via Boletim Focus, as Instituições financeiras consultadas esperam pela manutenção da taxa Selic em 14,25% ao ano. A taxa básica de juros será definida após reunião do COPOM que ocorre esta semana, cujo resultado será divulgado na próxima quarta feira, dia 20/07.

Manutenção da taxa de juros SELIC em julho, mas com queda até dezembro

Se a expectativa momentânea é de manutenção, até o final de 2016 o mercado prevê uma redução da taxa de juros SELIC.

Segundo apontado pelas projeções, teríamos uma SELIC de 13,25% ao ano em dezembro de 2016 e uma queda ainda mais acentuada em 2017,  chegando ao patamar de 11% ao ano.

Para entender o que é a SELIC e os efeitos de sua alta, baixa ou manutenção, clique aqui

Fundamentos para a manutenção da SELIC

Tida como principal ferramenta de controle da inflação no Brasil, a taxa SELIC tem o poder de movimentar o mercado para garantir que a inflação se movimente próxima ao centro da meta estabelecida em 4,5% ao ano, com uma tolerância de 2% para mais ou para menos.

Quando a inflação é reduzida pelo movimento do próprio mercado (queda na procura de produtos e aumento da oferta), o Banco Central consegue diminuir a taxa SELIC sem maiores complicações para o indicador, aquecendo assim o mercado de consumo, movimento previsto para os próximos meses.

A inflação prevista pelo mercado ao final de 2017 é de 5,30%, acima do centro da meta mas bastante inferior ao que temos hoje, acima de 9% a.a. no acumulado.

Para o final de 2016 a estimativa da inflação é de 7,26%, considerando o acumulado entre janeiro a dezembro e uma queda mais acentuada no índice nos últimos meses do ano, garantida por uma provável manutenção da SELIC na reunião COPOM que começa hoje.

Previsão do PIB e do Dólar para 2016 e 2017

Outros importantes indicadores presentes no Boletim Focus, que reúne os dados pesquisados pelo Banco Central, são a estimativa do PIB do Brasil e do valor de cotação do dólar frente ao real até o fim de 2016 e 2017.

O Produto Interno Bruto, indicador correspondente a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, tece sua expectativa ajustada de 3,30% para 3,25% ao final de 2016. O número demonstra uma leve melhoria nas perspectivas do mercado para o segundo semestre.

Já para o ano que vem, as estimativas dos analistas foram mais promissoras, prevendo um crescimento de 1,1%, ante 1% no último relatório divulgado.

A cotação do dólar foi revista de R$ 3,40 para R$ 3,39 ao fim de 2016 e de R$ 3,55 para 3,50 até o fim de 2017.